O Poder Judiciário de Rondônia realizou um casamento comunitário e oficializou a união de 68 casais indígenas na aldeia Ikolen, localizada nas proximidades de Ji-Paraná (RO). A iniciativa atendeu a uma demanda da própria comunidade e a cerimônia foi conduzida em português e tupi-mondé.

Além do povo Ikolen (Gavião), participaram da celebração indígenas das etnias Arara, Aikanã, Apurinã e Zoró — estes últimos vindos do Estado de Mato Grosso. Muitos casais, como os Zoró, já haviam realizado uniões conforme os costumes tradicionais, mas viram na cerimônia uma oportunidade de obter a documentação formal, muitas vezes exigida em situações como acesso à previdência, matrícula em instituições de ensino e políticas públicas.

A ação foi realizada no âmbito da Operação Justiça Rápida Itinerante, coordenada pela Corregedoria-Geral da Justiça – CGJ, por meio do Núcleo Permanente de Métodos Consensuais de Solução de Conflitos – Nupemec, com apoio do Centro Judiciário de Solução de Conflitos e Cidadania – CEJUSC e, nesta edição, com a parceria da Fundação Nacional dos Povos Indígenas – Funai. Na primeira edição, realizada em 2024, 49 casais indígenas receberam suas certidões de casamento.